Hoje foi mais um dia de aula, mas um dia de aprender a viver. Às vezes as lições da professora vida são duras pra um aluno como eu. Aluno que está disposto a mudar por mais árdua que seja a mudança. Sei da real importância de mudar, pois eu mudo pra me sentir melhor, não pra fazer com que os outros se sintam melhor, eu mudo por mim e para mim, talvez seja egoísmo pensar assim, mas até hoje foram poucas as pessoas que me convenceram a mudar. E por falar em pessoas, por falar no bicho-gente, alguns bichos me fizeram arranhões. Alguns arranhões feriram minha pele que ainda tinha cascões de feridas abertas pela mesma pessoa, outros arranhões são novos, de mãos que até então pra mim eram inofensivas mas que agora percebo que não são, talvez eu fui ingênuo em acreditar que não me arranhariam de novo, mas ingênuo ou não, eu me defendo do jeito que posso, ás vezes eu mostro as unhas afiadas que tenho escondidas, unhas que me envergonham, unhas que ferem, unhas que tenho tentado cortar, unhas que estavam esquecidas mas que resolvi usar, depois de me sentir cansado, de tanto engolir a seco tudo e todos. Os arranhões de que falo doeram em mim, só em mim, porque a pele ferida foi a minha, só a minha, e pior é quando você fere a sua pele por querer defender a pele de alguém e ainda ouvir da pessoa defendida que você é isso ou aquilo, que você errou, que foi feio, e etc’s e tal’s. Dessa boca você ouvi de tudo, algumas palavras são verdades sobre você outras nem tanto, mas no fim a única palavra que você esperava ter ouvido não sai em nenhum momento. Qual é a palavra? OBRIGADO, essa é a palavra. Eu queria ter ouvido obrigado mesmo que de maneira errada, mesmo que ferindo alguém eu tentei proteger outro alguém, e no fim eu só errei? Admito que errei, mas fiz o que achava certo, tentei ajudar, falei o que não era pra ser dito, e não me arrependo, porque eu estou aprendendo com a vida, estou me polindo do mas bruto de mim, e vou melhorar para mim e para os poucos que me fazem crer que mudar vale a pena.
Phael Marques
