segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

As dores e delícias de 2014.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014 0

De 2014 eu não esperava muita coisa, saberia que teria aquilo que tenho, como o amor da família e amigos, a saúde, a paz de espírito, a felicidade, enfim tudo aquilo que nós desejamos uns aos outros, eu já tinha e acreditava que em 2014 continuaria tendo todos esses sentimentos que são essências para nós, mas que na pressa do dia a dia parecem tão triviais, que trocamos a sua significância por coisas insignificantes. Mal sabia eu que esse ano me surpreenderia a ponto de me mostrar que nada é imutável, que as nossas vidas podem estar hoje num lugar confortável, mas que em fração de segundos o conforto pode dar lugar a insegurança que te faz levantar, repensar valores e agir.
2014 veio e soprou uma mudança que tirou a mim e a minha família de uma situação a qual estávamos todos acostumados. Perdemos a presença forte de líder que o meu pai exercia sobre nós, foi um susto, um baque, foram os dias mais dolorosos da minha vida, foram os primeiros dias do ano, foi o triste  cartão de boas vindas de 2014. Eu descobri uma dor que não tem nome, descobri novas responsabilidades, descobri que planos não são sinônimos de segurança, que viver um dia após o outro é a melhor escolha, e que o tempo nem sempre cura tudo, mas que ele tem ótimos paliativos para nossas dores, e aquela dor sem nome que eu senti nos primeiros dias do falecimento do meu pai, transformou-se em uma saudade quando a lembrança dele me abraça.
Mas depois dessa perda, eu ganhei muita coisa boa, a própria perda me trouxe mais coragem, mais força , me fez entender quem sou e o que quero para minha vida, e com quem quero seguir daqui até os dias em que eu me torne uma lembrança. Escolher quem a gente quer ser nunca é uma tarefa fácil porque toda escolha traz consigo a renúncia. E eu renunciei para ser seguramente feliz e estar de bem com quem eu sou. Hoje sou mais feliz e ganhei de presente uma pessoa que completa as ausências que havia em mim!
Diferente dos outros finais que aconteceram em 2014, eu cheguei a um final que saberia que iria acontecer. Enfim conclui os 4 anos e meio do curso de Letras, e esse foi um fim alegre e aliviante. Apesar da saudade do convívio que transformou os colegas em membros de uma grande família, o final de um curso universitário é uma grande realização e um fim que certamente me trará novos começos para colocar em prática o que aprendi e continuar aprendendo com as novas vivências.
Se eu pudesse fazer um balanço de 2014, eu diria que foi um ano positivo, sim, porque eu aprendi que a dor e a perda são professoras duras que nos trazem conhecimentos imprescindíveis para aprender a viver, e todo aprendizado é válido, por isso afirmo que tudo foi positivo, tudo me fez crescer, e sou grato a Deus por tudo que vivi até aqui. Espero que 2015 me surpreenda com o inesperado que faz das nossas vidas uma história única e linda de viver, pois as surpresas são o que fazem a vida valer à pena!

Phael Marques

sábado, 15 de novembro de 2014

Sobre esperar

sábado, 15 de novembro de 2014 0

Todo mundo tem seus dias de crise, dias em que a paciência se esgota e que as reclamações saltam boca à fora. Essa é uma reação normal de nós seres humanos, seres racionais que de tão racionais sempre querem mais. E nessa busca por querer mais estamos sempre fadados à espera de algo que ansiamos, seja um amor, um trabalho, um bem material ou qualquer outra coisa que elegemos como meta a ser atingida.
O problema é que, como escrevi no início do texto, existem aqueles dias em que parece que a nossa esperança se esgota, então direcionamos as nossas reclamações ao ouvido mais próximo e disposto a nos escutar, afinal toda reclamação precisa ser ouvida. Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a ouvir nossas lamúrias, nem sempre ouvimos o conselho que queremos depois das nossas queixas, nem sempre o outro entenderá os nossos protestos.
Desculpem-me pela expressão, mas de fato o ouvido do outro não é penico! É pretensioso demais achar que as nossas reclamações serão compreendidas e interpretadas como queremos, afinal, as reclamações são propriedades únicas e exclusivas de cada um de nós, elas são fruto daquilo que sentimos e vivenciamos todos os dias, elas nascem lá de dentro das nossas frustrações mais íntimas e por isso serão eternamente incompreendidas pelos ouvintes bem intencionados, mas desatentos à nossa dor.
Vale ressaltar que não somos uma ilha, não estamos sozinhos no mundo, convivemos com outras pessoas e dentre essas pessoas sempre haverá alguém em quem confiamos e que estará disposto a nos ouvir. É confortante ter um ombro amigo no qual podemos chorar, mas existe uma diferença entre desabafar uma vez ou outra e viver todos os dias reclamando, por isso é preciso maneirar na choradeira. Não faça do desabafo o seu discurso, pois a sua dor só será sentida e compreendida por você, e reafirmá-la para os outros não resolverá seus problemas.
Só quem espera longos anos por algo (e é preciso ressaltar, espera não é sinônimo de inércia) percebe e entende o quão penoso é aguardar a realização daquilo que custa a acontecer. Mas a esperança e a paciência é um exercício de fé, e a fé é como uma chama que só pode ser acesa por nós mesmos. Então a partir de hoje entre a fé e o murmurar, escolha continuar esperando e dividindo apenas com Deus os anseios que só ele pode resolver. Siga o que diz a canção: Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar!



Phael Marques

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sonhando...vivendo...

sexta-feira, 4 de julho de 2014 0
O que seria da vida se não houvesse sonhos para nos manter acordados, dispostos a alcançar algo, a atingir metas, a buscar a felicidade, a lutar por um ideal, a procurar uma razão para viver. E mesmo quando a realidade é muito dura, o dia a dia torna-se exaustivo e precisamos descansar, ao fechar os olhos o que nos conforta novamente são os sonhos. O sonho é a essência de uma vida, assim como viver é inseparável de sonhar. Quem não sonha apenas sobrevive sonolentamente e exaustivamente uma história vencida e sem futuro. Pois como escreveu o poeta Mário Quintana Sonhar é acordar-se para dentro, e por mais paradoxal e ambíguo que isso possa ser, eu concordo com ele e como eterno sonhador, reitero que são pelos sonhos que acordarmos e dormimos todos os dias, porque sonhar é vital para a alma.

Phael Marques

terça-feira, 3 de junho de 2014

Promessas, palavras e um amor de verdade.

terça-feira, 3 de junho de 2014 0

Promessas são folhas frágeis
onde são escritas histórias de amor fajutas.
Pra amar, basta querer.
Querer um ao outro
até que se esgotem as palavras
e não haja nada a dizer.

Amor de fato, cala,
porque no aconchego de amar
não nos cabe falar.
Só nos resta sentir,
se encontrar no olhar,
reconhecer-se no outro,
e se entregar, deixar o amor falar.

Promessas e palavras
não garantem um “felizes para sempre”.
O encontro de olhares que se querem
é o que torna o amor crescente.
Querer mutuamente é uma passagem só de ida
Pra uma história de amor escrita sempre no presente.

Phael Marques.
 
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