Não sei o que é ser eu mesmo, mas tenho tentado insistentemente me olhar no espelho e chegar mais perto daquele que está do outro lado, do lado de dentro, de dentro de mim. Lá está um diamante bruto, que vai sendo lapido pelos dias de chuva e sol, e não pelas mãos alheias. Tenho tentado quebrar o espelho, todos os dias dou um murro, todo dia o meu espelho se parti em pequenas rachaduras, espero pelo dia que minhas mãos se encham de coragem para o murro final, o dia que estilhaços de vidro irão pelos os ares e mesmo sem medo de te ferir com os cacos do meu espelho, eu possa ser só eu, ou talvez serei eu só, mas enfim serei eu, livre.
Phael Marques
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